31 de agosto de 2019

TETRACROMATISMO - As Mulheres que Enxergam Cores "Invisíveis"

A professora americana Concetta Antico passou anos levando seus alunos de arte para o mesmo parque. Ela costumava perguntar a todos: "Vejam a luz na água, vocês conseguem ver o rosa brilhando naquela rocha?"

Só depois de muitos anos que ela descobriu que seus alunos estavam apenas respondendo "sim" por educação. Ninguém via as mesmas cores que ela.

Ela sofre com uma condição conhecida como tetracromatismo. Graças à variação de um gene que influencia no desenvolvimento das retinas, pessoas como Antico veem cores invisíveis para a maioria de nós.

Um exemplo é uma trilha cheia de pedras. Para a maioria, ela é cinza e sem graça. Para Antico, o caminho parece mais uma vitrine de joalheria.

 

Por muito tempo, acreditava-se que todos percebiam as cores da mesma forma. Quase todos possuem três tipos de cones, que são células na retina. Cada tipo responde a uma frequência diferente de cor.

Alguns animais são dotados com um "quarto cone", esses animais provavelmente conseguem distinguir melhor as nuances entre as cores.

Há 20 anos, os cientistas Gabriele Jordan, da Universidade de Newcastle, e John Mollon, de Cambridge, levantaram a hipótese de humanos poderem fazer isso.

A hipótese é baseada no fato de o cromossomo X carregar dois tipos de cones - que percebem o vermelho e o verde. Como as mulheres possuem dois cromossomos X, elas poderiam, em tese, carregar quatro cones diferentes, cada um sensível a um espectro de cores diferentes. Essa hipótese dos quatro cones que deu origem ao termo "tetracromatismo".

Em tese, ela só se aplica a mulheres, já que os homens não possuem dois cromossomos X.

Texto: David Robson/BBC Future

Acesse a reportagem completa aqui: https://bbc.in/2Jq17pk

 

Lougge
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